O ovo não é vilão: conheça os benefícios de consumir o alimento
Em dia de relatório do USDA milho salta em Chicago com apoio da demanda internacional
Em dia de relatório do USDA milho salta em Chicago com apoio da demanda internacional
Publicado em 12/09/2025 16:05 e atualizado em 12/09/2025 16:49
Enilson Nogueira - Analista da Céleres Consultoria
B3 segue lateralizada com pressão de oferta e câmbio impedindo recuperação sazonal dos preços
Podcast
Em dia de relatório do USDA milho salta em Chicago com apoio da demanda internacional
A sexta-feira (12) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O mercado aguardava a divulgação dos relatórios de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trouxeram indicações de aumento na área plantada nos EUA, redução na produtividade, aumento na produção do país e leve recuo nos estoques finais.
Na visão de Enilson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, diante dessa “salada de frutas” de números, o que pesou mais foi a indicação de demanda forte pelo cereal norte-americano.
“O mercado já vinha desde cedo com altas de 3 ou 4 cents antes do relatório e depois da divulgação chegou a registrar altas de até 10 cents nos principais vencimentos”, diz.
Daqui pra frente, Nogueira acredita que a balança entre os fatores baixistas de uma oferta recorde e os elementos altistas de uma demanda robusta devem seguir comandando o mercado, pelo menos no curto prazo.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,99 com estabilidade, o dezembro/26 valeu US$ 4,30 com valorização de 10,25 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,47 com alta de 10 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,57 com elevação de 9,5 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (11), de 2,44% para o dezembro/25, de 2,29% para o março/26 e de 2,12% para o maio/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,87% para o dezembro/25, de 2,41% para o março/26 e de 2,18% para o maio/26, além de estabilidade para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (5).
Mercado Interno
Já os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) tiveram mais um pregão de movimentações lateralizadas nesta sexta-feira.
O analista da Céleres Consultoria explica que a pressão de uma grande safrinha colhida no Brasil e o dólar operando na faixa dos R$ 5,40 estão trazendo pressão ao mercado, mesmo em um momento sazonal onde seria esperado uma elevação das cotações.
“Era esperado que ao longo de agosto e setembro o mercado tivesse alguma reação até pensando em sazonalidade e as exportações que bem ou mal estão rodando. Ainda assim, ainda vemos um excesso de milho relevante no mercado interno para ser consumido até a gente ver reações mais relevantes nos preços do milho”.
Neste cenário, o produtor brasileiro tem optado por permanecer fora do mercado e não avançar tanto com as vendas. “A gente viu um produtor mais agressivo nas vendas pré-colheita entra abril e maio. Quando o produtor viu que ia ter uma safra boa ele teve mais participação no mercado. No ano passado quem vendeu mais no final do mês conseguiu preços melhores e nesse ano o produtor está olhando no retrovisor para isso que aconteceu”, diz Nogueira.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho não registrou flutuações neste último dia da semana, de acordo com o levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,10 com queda de 0,12%, o novembro/25 valeu R$ 68,20 com alta de 0,43%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 71,15 com elevação de 0,42% e o março/26 teve valor de R$ 73,19 com perda de 0,07%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram baixas de 0,41% para o setembro/25, de 0,04% para o janeiro/26 e de 0,44% para o março/26, além de ganho de 0,18% para o novembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (5).
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio