
A sexta-feira (09) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). Mesmo assim, as principais cotações não escaparam de acumular desvalorizações de até 4,28% ao longo da semana.
O Analista de Inteligência de Mercado de Milho da StoneX, Raphael Bulascoschi, explica que o mercado internacional segue bastante pressionado pelo avanço rápido do plantio da nova safra dos Estados Unidos, que já passava de 40% até o último domingo.
“Os produtores têm uma ampla janela de tempo para os próximos 10 dias em grande parte do Centro-Oeste, o que deve trazer um rápido progresso no plantio para a região, com condições geralmente favoráveis para germinação e emergência rápidas. Isso estabelece a base para boas safras na próxima estação de crescimento”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, conforme reportado pelos sites internacionais.
Já nesta sexta-feira, foram os números elevados de exportação dos EUA no último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trouxeram valorizações para a CBOT.
As vendas de milho para compradores estrangeiros aumentaram 64% em relação à semana anterior e 47% em relação à média, para 1,66 milhão de toneladas, disse o USDA. O Japão comprou 338.500 toneladas, Taiwan recebeu 283.400 toneladas, a Espanha levou 240.500 toneladas, 152.400 toneladas foram para destinos desconhecidos e a Colômbia comprou 134.600 toneladas.
O vencimento maio/25 foi cotado à US$ 4,41 com alta de 2,50 pontos, o julho/25 valeu US$ 4,49 com elevação de 2,25 pontos, o setembro/25 foi negociado por US$ 4,29 com ganho de 2,75 pontos e o dezembro/25 teve valor de US$ 4,42 com valorização de 3,25 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (08), de 0,57% para o maio/25, de 0,50% para o julho/25, de 0,64% para o setembro/25 e de 0,74% para o dezembro/25.
Já no acumulado semanal, o cereal norte-americano registrou desvalorizações de 4,28% para o maio/25, de 4,10% para o julho/25 e de 1,83% para o dezembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (02).
Mercado Físico
No Brasil, essa foi uma semana de desvalorizações tanto para as cotações futuras na Bolsa Brasileira (B3) quanto para os preços no mercado físico.
Bulascoschi destaca que o mercado já está antecipando a chegada na segunda safra brasileira do cereal, que nos números da StoneX, pode passar de 104 milhões de toneladas.
Na visão do analista, essa pressão dos preços deve seguir presente durante toda a janela de colheita, que já está começando em algumas regiões e vai se estender durante junho, julho e até agosto em alguns locais.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento maio/25 foi cotado à R$ 74,00 com queda de 0,13%, o julho/25 valeu R$ 64,19 com desvalorização de 0,94%, o setembro/25 foi negociado por R$ 65,23 com baixa de 0,79% e o novembro/25 teve valor de R$ 67,93 com perda de 0,26%.
No acumulado semanal, o cereal brasileiro registrou desvalorizações de 3,48% para o maio/25, de 4,76% para o julho/25, de 3,36% para o setembro/25 e de 3,92% para o novembro/25.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve recuos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Eldorado/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.